O grupo de pressão israelense nos Estados Unidos dita os pontos de vista distorcidos da opinião pública norte-americana sobre as revoltas em países árabes, denunciou nesta terça-feira (5) um analista do movimento xiita libanês Hezbollah.
“A rede dominante nos meios noticiosos (estadunidenses) está sendo dominada pelo lobby pró-israelense e não há alternativa para que as pessoas conheçam o que está ocorrendo realmente”, lamentou Ibrahim Moussawi, chefe de Relações de Imprensa do Partido de Deus.
Em entrevista com o canal iraniano Press TV, Moussawi qualificou os Estados Unidos como “o lugar onde o lobby israelense exerce seu poder total”, no ponto de considerar à nação nortenha “um território ocupado pelos israelenses”.
Assegurou que quem podem ter outra visão são as pessoas que viajaram ao estrangeiro e tiveram oportunidade de “experimentar as calamidades, sofrimentos e as atrocidades” impostas pelo regime sionista sobre os povos de Meio Oriente e o mundo árabe. Só eles “podem entender o que realmente está ocorrendo” na região, afirmou o servidor público da organização de resistência xiita no Líbano com respeito aos movimentos populares contra governos apoiados durante décadas por Estados Unidos e Europa.
Manifestações gigantescas desataram-se em dezembro na Tunísia e em menos de um mês obrigaram ao então presidente Zine El-Abidine Ben Ali fugiu do país em 14 de janeiro, enquanto outra sublevação similar fez com que Hosni Mubarak renunciasse ao poder no Egito em 11 de fevereiro.
Depois do desenlace exitoso desses movimentos, qualificados nesta região como “revoluções”, outros atos reivindicativos populares têm lugar ainda em Iêmen e Líbia, onde o conflito gerou em uma guerra civil com intervenção de países ocidentais e árabes.
Protestos em massa realizaram-se durante um mês em Bahrein protagonizadas por opositores xiitas contra a monarquia sunita dos Al Khalifa, mas foram destruídos com severidade policial e a intervenção de mil 500 efetivos militares sauditas e dos Emirados.
A cada sexta-feira de oração muçulmana também têm lugar demonstrações de rua em Jordânia, Argélia e em menor medida em Arabia Saudita, Kuwait e Omã.
Fonte: Agência Prensa Latina