Cebrapaz realiza debate no Fórum de Direitos Humanos em Brasília

 

O núcleo do Cebrapaz do Distrito Federal, organizou um debate autogestionado sobre “Direitos Humanos e a Paz”, na manhã do dia 11 de dezembro, no Fórum Mundial de Direitos Humanos.

A atitividade contou com apoio da UNIPOP, MDD, UJS, PCdoB, PSB e União Nacional Islâmica. Contou com a presença de mais de 200 pessoas, entre elas o embaixador da Missão Saharaui no Brasil, Mohamed Laarosi Bahia, Davoud Rezaei, primeiro secretário da Embaixada da República Islâmica do Irã, Aleksandr Korendyasev, primeiro secretário da Embaixada da Russia, deputadas Amina Maelainine e Maoulainine Saadani, do parlamento do Marrocos, entre dezenas de entidades do movimento popular e dos direitos humanos.

A mesa (foto, a seguir) foi coordenada pelo presidente do Cebrapaz/DF, Marcos Tenório, e foi composta pelo Embaixador do Estado da Palestina no Brasil, Ibrahin Al Zeben, pelo Sheik Mohamad Al Bukai da União Nacional Islâmica e pelo secretário geral do Cebrapaz nacional, Thomas de Toledo.

Segundo o presidente do Cebrapaz-DF a atividade foi organizada com o objetivo de debater a paz e a solidariedade e o intercâmbio entre as forças anti-imperialistas, antimilitaristas e antissionistas, que condenam a ingerência e as tentativas de reordenamento imperial do planeta pelos EUA e sua arma de guerra, a OTAN. “Defender os direitos humanos e a paz, é exigir a imediata devolução da base naval de Guantânamo e o fechamento da prisão e centro de torturas e violações de direito, mantida pelos EUA ilegalmente em território cubano”, afirmou.

Thomas de Toledo fez uma firme denúncia das ambições imperialistas contra a síria e defendeu a livre determinação do povo sírio sobre seus assuntos internos, bem como a condenação das pressões das superpotências contra o programa nuclear iraniano, contra a República Democrática da Coréia e o bloqueio a Cuba. Toledo destacou que para lutar pela paz é preciso denunciar aqueles que fazem a guerra. De acordo com ele, desde o fim da Guerra Fria todos os conflitos bélicos de maior envergadura que ocorreram no mundo tiveram o envolvimento do imperialismo estadunidense. Ponderou que a defesa dos Direitos Humanos vem sendo utilizada como pretexto para fazer a guerra pelas potências imperialistas, que tentam fomentar o conceito de “responsabilidade de proteger”.

 

O Sheik Mohamad saudou o público com a expressão Salam Aleykum – que a paz esteja contigo – e mencionou alguns versos do Alcorão que, no seu entendimento, representam uma antiga concepção do que seriam os Direitos Humanos. Destacou que o Islã é uma religião que considera a paz um elemento essencial.

O embaixador da Palestina, Ibrahin Al Zeben, relatou a atual conjuntura da luta do povo palestino por um Estado nacional e mencionou o plano Prawder, que pode vir a expulsar mais de 70 mil beduínos do deserto do Negev. Afirmou que a colonização israelense nas áreas palestinas ocupadas desde 1967 fatiou completamente o território palestino, inviabilizando a comunicação e o contato entre diferentes regiões da Cisjordânia. A fala de Al Zeben foi também uma emocionada defesa do direito ao seu povo ter o seu próprio Estado independente, com fronteiras definidas e Jerusalém como capital, a libertação de todos os presos políticos e o retorno dos refugiados às suas terras.

Os participantes tiveram a oportunidade de se manifestar e foram levantadas questões bastante diversas, relacionadas tanto Oriente Médio quanto à América Latina. O processo de paz da Colômbia e o avanço na construção das bases militares estadunidenses no continente foram temas recorrentes.

Com informações do núcleo do Cebrapaz /DF

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