Socorro Gomes: Em repúdio às provocações da ocupação israelense, Palestina livre!

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A presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, emitiu uma nota neste domingo (23) enfatizando a insustentabilidade da ocupação israelense da Palestina, no período de mais tensões provocadas pelos avanços ofensivos de Israel. Na semana passada, as autoridades israelenses impuseram novas medidas de controle aos visitantes da esplanada da Mesquita Al-Aqsa em Jerusalém e de repressão dos palestinos no território ocupado. O presidente palestino Mahmoud Abbas declarou na sexta-feira (21) a suspensão das comunicações com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu. Leia a nota de Socorro a seguir:

Em 2015, mulher palestina protesta segurando os projéteis usados pelas forças israelenses na esplanada da mesquita Al-Aqsa, diante do Domo da Rocha, em Jerusalém. Foto: AFP

Em repúdio às provocações da ocupação israelense, Palestina livre já!

É com profunda preocupação e revolta que acompanhamos a nova escalada das tensões na Palestina ocupada e em Jerusalém, onde a liderança israelense volta a impor medidas provocativas contra o povo palestino, em flagrante violação dos acordos com a Autoridade Palestina e outros vizinhos árabes, avançando sobre a esplanada da mesquita Al-Aqsa.

Temos enfatizado e acompanhado o crescente número e peso dos movimentos solidários ao povo palestino em sua luta por libertação, na denúncia firme da criminosa ocupação israelense, instaurada há 50 anos, causa maior da violência e do martírio desse povo.

As sucessivas agressões do governo colonialista e aliado principal do imperialismo estadunidense na região, a liderança do Estado de Israel, visam impedir a consolidação do Estado da Palestina, seja através da expansão das colônias ilegais no território ocupado, do bloqueio imposto há 10 anos à Faixa de Gaza, da expulsão, detenção, do massacre ou da repressão cotidiana do povo palestino.

O avanço contra Al-Aqsa é mais uma das tentativas do Governo de Benjamin Netanyau de impor seu controle sobre este importante local na cidade antiga de Jerusalém, que tem status especial num frágil acordo de Israel com seus vizinhos árabes. A fragilidade deste acordo, ao contrário do que quer fazer crer a liderança sionista e de extrema-direita, não se deve a qualquer apego apaixonado à religião, mas à persistência da ocupação, do apartheid e da colonização ilegal da Palestina por Israel, com patrocínio irredutível da mais ofensiva potência imperialista, os Estados Unidos.

O descrédito e frustração dos palestinos com um processo de paz manipulado pela liderança israelense têm crescido na medida em vai ficando nítido o objetivo dos sionistas de manter o povo palestino sob uma brutal ocupação militar buscando garantir a expansão da colonização da Palestina.

O Conselho Mundial da Paz acompanha, por isso, todas as forças amantes da paz que afirmam o “basta!” ao prolongamento do martírio do povo Palestino! Rechaçamos de forma contundente os pretextos criados pela liderança israelense de agravamento da humilhação e da repressão cotidiana dos palestinos, como a defesa da sua “segurança”.

Por um Estado livre e soberano, nas fronteiras anteriores à guerra de junho de 1967, com Jerusalém Leste como sua capital, o respeito ao direito de retorno dos refugiados e a libertação de todos os prisioneiros políticos para o estabelecimento da Paz Na Palestina!

Os povos do mundo exigem a libertação da Palestina, já!

Abaixo o apartheid, o colonialismo e a ocupação israelense!

Socorro Gomes
Presidenta do Conselho Mundial da Paz