O Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC) realizou um Concerto pela Paz na cidade do Porto, em Portugal, em 9 de janeiro. O CPPC, que é membro do Conselho Mudial da Paz, coordenando a Região Europa, envolveu no concerto mais de 200 pessoas, entre crianças de projetos culturais e músicos profissionais, no Teatro Municipal Tivoli, que ficou lotado. Em sua intervenção, a presidenta da Direção Nacional do CPPC, Ilda Figueiredo, abordou o contexto internacional de desafios gravíssimos aos quais os povos estão defrontados.
Foto: CPPC
Para Ilda, enfrentamos “um contexto particularmente complexo no plano internacional, com graves conflitos, guerras e agressões em muitas zonas do mundo, particularmente no Médio Oriente e em África, e graves ameaças à Paz noutras zonas, desde a América Latina à Ásia, mas incluindo na Europa, sem esquecer o drama dos refugiados e as vítimas das políticas injustas e agressivas, que também em Portugal e noutros países europeus, agravaram desigualdades sociais e aumentaram a pobreza, o que exige de todos os amantes da paz uma redobrada atenção e empenhamento na defesa da justiça, da liberdade, da democracia e da Paz de acordo com os valores de Abril.”
A presidenta do CPPC refere-se à Revolução de Abril de 1974, que derrubou a ditadura salazarista e desencadeou um processo resultante na progressista Constituição da Rública Portuguesa, em vigor desde 25 de abril de 1976.
Nela, conforme recobrou Ilda, o artigo 7º afirma um sólido compromisso dos portugueses com a paz, declarando e preconizando, entre outros pontos, “a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento em geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança coletiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.”
Ilda disse que, com o engajamento de muitos, “podemos afirmar, a muitas vozes, a nossa indignação face às guerras de agressão e expressar, a muitas vozes também, a nossa solidariedade com os povos vítimas do colonialismo, de actos de ingerância externa e de conflitos armados, de injustiças e desigualdades sociais, da opressão, dos desrespeito da sua soberania e independência nacionais. E dizermos todos PAZ Sim! Guerra Não!”
A exigência do fim das armas de destruição massiva, incluindo as armas nucleares, o fim da corrida aos armamentos e da militarização das relações internacionais também foram ressaltados por Ilda como pautas essenciais da política externa portuguesa, “na defesa da cooperação e amizade entre os povos de todo o mundo”
“Queremos uma ordem internacional capaz de assegurar a justiça nas relações entre os povos, na defesa da emancipação e progresso da humanidade,” afirmou ela.
Veja fotos do concerto a seguir, divulgadas pelo CPPC:
Presidenta da Direção Nacional do CPPC, Ilda Figueiredo
Fotos: CPPC