Diante da intensificada tentativa da direita reacionária na Venezuela de derrubar o governo do presidente Nicolás Maduro, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) volta a manifestar sua solidariedade ao povo venezuelano, em defesa da democracia e do ciclo progressista no país. Estão em jogo a dignidade e o futuro soberano da Venezuela, a continuidade e aprofundamento da Revolução Bolivariana e a definitiva independência do povo venezuelano.
As forças conservadoras inquietam-se desde a eleição do presidente Hugo Chávez e, em 2013, do presidente Nicolás Maduro. Desde o início deste ciclo progressista e independentista, com a população finalmente no centro das políticas do governo venezuelano, a elite da direita, que já não tem privilégios e alicerçada na agenda imperialista dos Estados Unidos para toda a América Latina, tem feito de tudo para desestabilizar o país e provocar o caos social.
Recentemente, a Chancelaria venezuelana respondeu aos comentários da diretora do Fundo Monetário Internacional, organização de histórico nefasto para a região, segundo a qual a Venezuela seguirá em recessão econômica. Em resposta a Christinne Lagarde, a chanceler venezuelana Delcy Rodríguez sugeriu que se focasse no relatório de desenvolvimento humano do país, ao invés dos interesses do mercado, sobretudo internacional.
Num cenário de persistente crise internacional, em que as elites reacionárias usam a situação conjuntural para desestabilizar governos progressistas, como na Venezuela e no Brasil, fica evidente qual é o alvo: projetos de desenvolvimento soberanos, que colocam os interesses nacionais e populares acima da agenda neoliberal das elites patrocinadas pelo império. Pior, no caso de países ricos em recursos energéticos, cujo controle interessa às grandes empresas estadunidenses.
As forças reacionárias na Assembleia Nacional impulsionam planos de corte neoliberal com o apoio do FMI, na contramão de um progresso soberano construído desde 1999 pela Revolução Bolivariana. Não bastasse, a coligação da direita também busca revogar o mandato do presidente Chávez, em nova intentona golpista, enquanto nas ruas fomenta a violência disseminada.
Por isso, o Cebrapaz manifesta a sua solidariedade aos venezuelanos, saudando os esforços pelo estabelecimento da comissão da verdade para apurar os graves casos de violência durante os protestos de 2014, que resultaram em mais de 40 mortos. A mediação da comissão, a cargo da Unasul, mostra o caráter regional da situação na Venezuela e a importância da questão para os países vizinhos.
Saudamos ainda a decisão da Justiça Venezuelana de declarar inconstitucional a lei aprovada na Assembleia pela anistia aos líderes oposicionistas envolvidos nos episódios de violência. O diálogo e a reconciliação estão postos sobre a mesa pelo governo Maduro desde o início das tensões, mas a oposição prefere o golpismo e a violência nas ruas para derrubar um governo legitimamente eleito.
Na manifestação da nossa solidariedade ao povo venezuelano, realizaremos atividades em parceria com outras entidades, como a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a União da Juventude Socialista (UJS), no dia 19 de abril, Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Venezuelano, em comemoração dos 206 anos desde o início da sua luta pela independência.
Viva a Revolução Bolivariana e a luta do povo venezuelano pela democracia!
Pela Segunda e Definitiva Independência!