Movimentos devem reforçar ações de apoio ao povo venezuelano

Em meio à escalada violenta e golpista na Venezuela Bolivariana, enfrentada pela resistência popular no país, diversas entidades realizam na segunda-feira (31/07), em São Paulo, uma nova reunião de articulação da solidariedade ao povo venezuelano em defesa da democracia e da sua soberania.

Sede de recentes debates sobre o terrorismo midiático que tem instigado a violência e promovido o golpe contra a Revolução Bolivariana na Venezuela, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé receberá também a reunião, cuja preocupação central é com o fortalecimento do apoio ao povo venezuelano na defesa da sua democracia e na realização da eleição para a Assembleia Constituinte, no próximo domingo (30/07).

Além de participar na reunião em São Paulo, representado inclusive pelo presidente Antônio Barreto, o Cebrapaz está mobilizando, entre outras ações, um Twittaço no dia da eleição, domingo (30/07), às 11h00, para fazer chegar o apoio dos brasileiros ao povo venezuelano:

#🇧🇷❤🇻🇪TodoApoioÀConstituinte!

Já na reunião, as entidades discutirão formas de enfrentamento à ofensiva das forças reacionárias e oligárquicas plasmadas mais evidentemente no ataque à Revolução Bolivariana, mas também experimentadas no Brasil golpeado e em outros países onde governos progressistas, soberanos e integracionistas desafiaram a ordem hegemônica da exclusão, da opressão e da subserviência ao neocolonialismo, ao neoliberalismo e ao imperialismo.

Ressalte-se o assombroso o reiterado posicionamento do governo ilegítimo de Michel Temer, representado num Itamaraty profundamente rebaixado, de “ofensiva diplomática” contra a Venezuela, cujos assuntos domésticos não parecem fora dos limites do direito internacional para a trupe golpista do Brasil, como parecem no sentido inverso.

Não é demais lembrar que, no processo do golpe, em 2016, o então governo interino do Brasil reagiu de forma desavergonhada contra as expressões de protesto por parte de países como a Venezuela, o Equador e a Bolívia, alegando que seus autores desconhecem a realidade supostamente formal do que não passou mesmo de um golpe. Já para se manifestar na defesa dos golpistas venezuelanos, seus homólogos brasileiros não se censuraram sequer pela lei internacional da “não ingerência nos assuntos internos das nações” para seguir a toada do imperialismo estadunidense em reiteradas “notas diplomáticas” que acusam o governo bolivariano de violar a democracia. A última, de 17 de julho, até mesmo “exorta” o governo a não realizar a Assembleia Constituinte.

A Constituinte, como já demonstraram reiteradamente os venezuelanas que promovem e se envolvem no debate aos “preocupados internacionais” com a democracia, é a alternativa proposta pelo Governo Maduro e construída com e para a participação popular para fazer frente à grave crise econômica e política instaurada no país, incendiada sobretudo pela guerra midiática cujo único objetivo é servir à oligarquia e ao império estrangeiro em seu interesse de derrubar um governo legítimo, seja pela violência nas ruas, pelo boicote imposto por seus patrões, ou até pela tentativa de impedir a realização da eleição para a Constituinte, como foi a farsa do plebiscito convocado ilegalmente pela oposição venezuelana para 16 de julho.

Por isso, está convocada a reunião para a articulação do apoio ao povo venezuelano em sua resistência e na defesa da sua democracia e da sua soberania.

O encontro terá lugar na sede do Barão de Itararé, na Rua Rego Freitas, 454, 8º andar, República, São Paulo, às 14h00. 

Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz)

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