O Irã empreendeu no dia 13 de abril uma contundente ação militar contra Israel, exercendo o seu direito de defesa, segurança e soberania, amparado pela Carta das Nações Unidas.
A ação iraniana foi uma resposta legítima às agressões de Israel, designadamente o crime que cometeu em 1 de abril, ao atacar uma missão diplomática iraniana em Damasco, capital da Síria, que resultou na morte de lideranças militares e funcionários diplomáticos. Um dos mártires foi o Comandante Mohammad Reza Zahedi, um líder sênior da Guarda Revolucionária do Irã. Ao perpetrar esse abominável crime, Israel uma vez mais atentou contra os mais elementares valores humanos de paz e justiça. Foi também um ataque à soberania nacional do próprio Irã e da Síria. Não poderia ficar impune.

A ação iraniana foi calibrada, durou poucas horas, um ataque focalizado, realizando uma estratégia cuidadosa para evitar consequências mais trágicas.
O Irã demonstrou a um só tempo coerência na defesa de sua soberania, poder no empreendimento de uma ação militar de envergadura contra um inimigo poderoso, prudência, ao não ultrapassar limites, e compromisso com a paz, ao negar a escalada regional ou global do conflito. O Irã deixou claro que sua ação foi baseada na legalidade internacional, sobretudo no Art. 51 da Carta das Nações Unidas, referente ao legítimo direito de defesa, uma resposta proporcional, e que está disposto a encerrar as hostilidades se Israel não empreender futuras agressões. Esse compromisso com a contenção é um sinal positivo em meio às tensões regionais, mostrando uma abertura para a resolução pacífica de disputas.
O Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz) reafirma seu compromisso com a paz mundial, sua solidariedade com os países e povos agredidos pelo Estado sionista e o imperialismo estadunidense.
O conflito entre o Irã e Israel não está dissociado do genocídio perpetrado pelos sionistas contra o povo palestino. Urge o cessar-fogo permanente e o fim da ocupação israelense.
Ao mesmo tempo, o Cebrapaz se une aos países e organizações políticas e sociais que pedem a contenção no Oriente Médio. As forças da paz devem agir com rapidez para evitar o pior.
São Paulo, 15 de abril de 2024
A Direção Nacional do Cebrapaz