Matéria publicada originalmente no site Brasil 247

Os partidos palestinos concordaram durante as suas reuniões na China em alcançar a unidade nacional palestina abrangente, incluindo todas as forças nacionais.

Todas as partes se comprometeram com o estabelecimento de um Estado palestiniano independente com Jerusalém como capital, de acordo com as resoluções das Nações Unidas, e com a garantia do direito de regresso de acordo com a Resolução 194.

Os participantes também concordaram com o direito do povo palestino de resistir à ocupação e acabar com ela de acordo com as leis internacionais e a Carta das Nações Unidas. Decidiram formar um governo provisório de unidade nacional que começará por unificar todas as instituições palestinas nos territórios do Estado palestino, iniciando a reconstrução da Faixa de Gaza e preparando-se para eleições gerais sob a supervisão da Comissão Eleitoral Central o mais rapidamente possível, de acordo com a lei eleitoral aprovada.

Os partidos reunidos em Pequim são:

– Movimento de Libertação Nacional Palestina (Fatah)

– Movimento de Resistência Islâmica (Hamas)

– Frente Popular para a Libertação da Palestina

– Frente Democrática para a Libertação da Palestina

– Movimento da Jihad Islâmica Palestina

– Partido Popular Palestino

– Frente de Luta Popular Palestina

– Movimento de Iniciativa Nacional Palestina

– Frente Popular para a Libertação da Palestina – Comando Geral

– União Democrática Palestina (FIDA)

– Frente de Libertação Palestina

– Frente de Libertação Árabe

– Frente Árabe Palestina

– Vanguardas da Guerra de Libertação Popular (Forças As-Sa’iqa)

Os participantes concordaram nos seguintes pontos:

1. Unificar os esforços nacionais para enfrentar a agressão sionista e parar o genocídio perpetrado pelo Estado ocupante e pelos bandos de colonos apoiados pelos Estados Unidos da América. Concordaram também em resistir às tentativas de deslocar o povo palestino da sua terra natal, e em forçar a entidade sionista a pôr fim à sua ocupação da Faixa de Gaza e de todos os outros territórios ocupados, mantendo ao mesmo tempo a unidade das terras palestinas, incluindo a Cisjordânia, Jerusalém e a Faixa de Gaza.

2. Os partidos palestinos acolhem favoravelmente o parecer do Tribunal Internacional de Justiça, que afirmou a ilegitimidade da presença, ocupação e colonatos israelitas nas terras do Estado da Palestina e enfatizou a necessidade da sua remoção o mais rapidamente possível.

3. Com base no Acordo de Reconciliação Nacional assinado no Cairo em 05/04/2011 e na Declaração de Argel assinada em 10/12/2022, os partidos concordaram em continuar acompanhando a implementação de acordos para acabar com a divisão, com a assistência do Egito, Argélia e amigos na República Popular da China e da Federação Russa da seguinte forma:

a) Compromisso com o estabelecimento de um Estado palestino independente com Jerusalém como capital, em conformidade com as resoluções relevantes das Nações Unidas, especialmente as Resoluções 181 e 2334, e garantindo o direito de regresso em conformidade com a Resolução 194.

b) O direito do povo palestino de resistir à ocupação e acabar com ela de acordo com as leis internacionais e a Carta das Nações Unidas, e o direito dos povos à autodeterminação e à sua luta para alcançá-la por todos os meios disponíveis.