Entidades brasileiras: “A democracia venceu e o povo venezuelano decidiu pela soberania”

Entidades brasileiras que acompanharam o processo eleitoral venezuelano na condição de observadoras divulgaram a nota que segue:

A democracia venceu e o povo venezuelano decidiu pela soberania

Nicolás Maduro durante comemoração do Dia dos Trabalhadores em Caracas — Foto: Federico Parra/AFP

A democracia com protagonismo popular venceu as eleições presidenciais da Venezuela, que ocorreram neste domingo, 28 de julho. O candidato à reeleição pelo Grande Polo Patriótico, Nicolás Maduro, saiu vitorioso com mais de 51% dos votos, com 80% dos votos contabilizados, derrotando nove candidatos opositores, incluindo a extrema direita, que promove uma campanha de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. Essa eleição é central para a geopolítica, por um lado, por ser uma nação que constrói um processo socialista e aliado dos povos ao redor do globo, por outro lado, por possuir a maior reserva comprovada de petróleo do mundo, o que desperta tentativas de controle e subordinação por parte do imperialismo estadunidense.

Em meio a uma campanha fascista promovida pela extrema direita venezuelana e internacional, que antes mesmo da votação e dos resultados já bradavam fraude e não respeito aos resultados, a Soberania do Povo Venezuelano e o seu direito ao voto prevaleceram. A transparência e o rigor marcaram a jornada eleitoral, que contou com diversas auditorias e mais de 900 observadores e acompanhantes do processo eleitoral de mais de 100 países. Nós, membros de dezenas de organizações sociais, partidos e movimentos populares brasileiros, somos prova da idoneidade e lisura do processo, e viemos a público parabenizar Maduro e o povo venezuelano por sua reeleição.

A maioria decidiu pela continuidade da Revolução Bolivariana, que ainda que em meio a duras sanções e ataques do imperialismo estadunidense e seus associados na mídia, na política e na economia, segue um processo de estabilidade e melhoria das condições de vida. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a Venezuela é a economia que mais vai crescer em 2024, e acumula um aumento do PIB de 7% no primeiro trimestre deste ano, com a menor inflação nos últimos 35 anos. O país tem apostado não só na sua indústria petroleira, mas na diversificação econômica para assegurar que a soberania e a riqueza permaneçam com o povo venezuelano e em seu benefício.

Assim como o povo venezuelano, desejamos que a Venezuela continue seu caminho de ascensão econômica e paz. Repudiamos qualquer tentativa de intervenção estrangeira e desestabilização interna por meio de violência, notícias falsas e manipulação. Respeitamos e defendemos a democracia, a verdade e o povo soberano venezuelano.

28 de julho de 2024.
Caracas, Venezuela

  • Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD)
  • Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz)
  • Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
  • Comitê Brasileiro de Solidariedade com a Venezuela
  • Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM)
  • Organização Continental Latino Americana e Caribenha dos Estudantes (OCLAE)
  • Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT)
  • Marcha Mundial de Mulheres (MMM)
  • Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
  • Movimento Kizomba
  • Levante Popular da Juventude
  • União da Juventude Socialista (UJS)