COLUNA | Wevergton Brito – O fascismo do Século 21, reflexões para o debate (Parte 3/3)

Por Wevergton Brito*

Clique para ler a Parte 1 e a Parte 2 do artigo.

Na América Latina a técnica da “Grande Mentira”, potencializada pelas redes sociais, causou também grandes estragos e me permito começar comentando alguns casos ocorridos no Brasil.

Na campanha presidencial de 2010, a então candidata Dilma Rousseff foi atingida por uma guerra subterrânea nas redes. Na época o WhatsApp havia chegado há apenas um ano no país e não tinha ainda a dimensão que depois iria alcançar, mas mesmo assim a candidatura Dilma era alvo de uma avalanche de fake news que influenciou concretamente parte importante da população a anular o voto ou votar no tucano José Serra, seu adversário principal, representante da direita tradicional.

Meus ex-sogros, ela faxineira aposentada de um colégio de freiras e ele ainda trabalhando no setor de manutenção do mesmo colégio, sempre votaram em Lula desde 1989. Para minha surpresa, quando os visitei depois do primeiro turno de 2010 os dois (que eram católicos fervorosos) haviam votado nulo pois foram “informados” que Dilma obrigaria as igrejas a realizar casamentos de casais gays. Outras invenções bizarras que ganharam corpo foram:

Dilma estava com câncer, iria morrer e quem assumiria no seu lugar era o Michel Temer, cujo filho seria satanista. Dilma estava com gonorreia, desafiou o próprio Jesus Cristo durante um comício no estado de Minas Gerais, iria fechar igrejas e prender padres e pastores.

A mídia hegemônica permanecia silente diante da abjeta campanha subterrânea pois o beneficiário era seu candidato, que apesar de tudo isso foi derrotado no segundo turno.

Em 2011 foi pedida a cassação do mandato do então deputado federal Jair Bolsonaro que havia feito diversas declarações racistas e misóginas contra a cantora e apresentadora de TV Preta Gil. O mais importante colunista político do influente jornal burguês O Globo, Ricardo Noblat, partiu em defesa do fascista. Despudoradamente, Noblat ocultava as acusações reais e afirmava que Bolsonaro estava ameaçado de cassação por conta apenas de opiniões polêmicas, por ser “contra cotas raciais, o projeto de lei da homofobia, a união civil de homossexuais e a adoção de crianças por casais gays”. Noblat acusava os que denunciavam o fascista de serem “fascistas do bem”.

No dia 12 de fevereiro de 2014 José Gullén Araque, capitão da Guarda Nacional Venezuelana, deu de presente ao presidente Nicolás Maduro um livro sobre a ascensão do nazismo, declarando na ocasião: “o fascismo tem que ser derrotado antes que seja tarde demais”. Pouco mais de um mês depois Araque foi assassinado com um tiro na cabeça por grupos fascistas venezuelanos liderados por um conhecido extremista de direita chamado Leopoldo López, cujas ações resultaram na morte de 43 pessoas. Porém, Aécio Neves (candidato da direita tradicional contra Dilma Rousseff em 2014) foi visitar o criminoso na cadeia. A mídia empresarial, da Venezuela e do Brasil, se referia a Leopoldo López como “preso político”.

Durante os massivos comícios pelo “impeachment” da presidenta Dilma, convocados com grande alarde pela mídia hegemônica nos anos de 2015/2016, estavam sempre presentes os caminhões de som da extrema-direita pregando a volta dos militares, o golpe de Estado e a exaltação à tortura. Manifestantes usavam camisetas chamando a presidenta Dilma de “puta”, levavam cartazes sugerindo que ela “fosse a Cuba para curar seu câncer”, entre outras barbaridades do tipo. Nada disso, na ocasião, parecia incomodar a direita tradicional ou a mídia hegemônica, que exaltavam o suposto caráter democrático e pacífico das marchas golpistas.

Na foto de cima, “cristãos” combatem o comunismo e pedem o golpe militar, embaixo, à esq. bonecos simbolizando Lula e Dilma são enforcados no viaduto, ao lado manifestante defende o fim da democracia

A atitude política de incentivo sub-reptício da direita tradicional e da mídia hegemônica em relação aos métodos abertamente criminosos de seus aliados de extrema-direita gerou consequências graves: em primeiro lugar normalizar o fascismo e ao normalizá-lo, dar credibilidade ao seu discurso.

A extrema-direita fascista passa a ser ator relevante da luta política latino-americana, infiltrando-se no aparelho policial e judicial do Estado, promovendo campanhas de ódio de classe, difamação, sabotagens, golpes e tentativas de golpe, nem sempre no comando, mas sempre com visibilidade e acumulando força política e ideológica.

Em 2014 o policial federal Danilo Mascarenhas postou imagem da caricatura da presidenta Dilma cravejada de balas. Foi “punido” com 4 dias de suspensão

Segue uma pequena e incompleta lista de golpes e tentativas de golpe na América Latina nos quais o elemento fascista atuou com destaque.

2002 na Venezuela – Chávez é sequestrado e um governo golpista chega a ser empossado. A massa se mobiliza e o golpe é derrotado.

2008 na Bolívia – Grupos opositores, liderados por prefeitos da região da Media Luna, promoveram bloqueios de estradas, ocupação de prédios estatais e a sabotagem de um dos principais gasodutos do país, além de organizarem referendos para aprovar uma espécie de declaração de independência da região. Camponeses foram assassinados.

2009 em Honduras – O presidente hondurenho Manuel Zelaya, que no ano anterior havia levado Honduras a aderir à Aliança Bolivariana para a Nossa América (Alba), tem o palácio presidencial invadido por militares. Zelaya é sequestrado e levado de avião até a Costa Rica.

2010 no Equador – O presidente Rafael Correa vai até um quartel negociar com policiais em greve. Os policiais realizam um ataque à comitiva presidencial e Correa, ferido, é levado ao Hospital Militar, que foi cercado pelos policiais que chegaram a abrir fogo. No confronto morreram dois membros da Guarda Presidencial, dois policiais grevistas e um estudante a favor do governo.

2012 no Paraguai – Depois de manifestações “espontâneas” de protesto, o Senado afasta o presidente eleito, Fernando Lugo, em um processo que durou apenas 24 horas.

2013/2014 na Venezuela – “Guarimbas” (gangues armadas, financiadas e organizadas pela extrema-direita) promovem ataques contra prédios públicos, partidos de esquerda e forças policiais, causando dezenas de mortes.

2016 no Brasil – Um Golpe de Estado envolvendo a mídia hegemônica, setores do judiciário e do parlamento afasta a presidenta Dilma Rousseff através de um processo fraudulento de impeachment.

2017 no Equador – Rafael Corrêa é obrigado a fugir do país para escapar do lawfare. Seu vice-presidente, Jorge Glass, continua preso até o momento em que este artigo é escrito. Na cadeia, Glass tentou o suicídio e Corrêa segue no exílio.

2018 no Brasil – Lula, vítima de absurdas arbitrariedades judiciais, é preso injustamente e durante a campanha presidencial daquele ano é impedido pela justiça até mesmo de falar sobre as eleições, abrindo caminho para a eleição do fascista Jair Bolsonaro.

2019 na Venezuela – O golpista de extrema-direita Juan Guaidó se autoproclama presidente venezuelano. EUA e União Europeia o reconhecem como tal. Bilhões de dólares, ouro e empresas pertencentes ao Estado venezuelano são expropriados pelos governos imperialistas ou subservientes ao imperialismo.

2019 na Venezuela – Sob o pretexto de uma “ajuda humanitária”, trama-se nova tentativa de golpe na Venezuela, impulsionada pelos EUA e por países integrantes do extinto “Grupo de Lima”. Mais uma vez o golpe é derrotado.

2019 na Bolívia – Golpe na Bolívia obriga o presidente recém reeleito Evo Morales, a fugir do país. Gangues de extrema-direita promovem assassinatos e espancamentos.

Fascistas bolivianos arrastam pela rua a prefeita de Vinto, Patricia Arce, indígena e militante do partido Movimento ao Socialismo (MAS). Patrícia foi agredida, pintada de vermelho e teve os cabelos cortados à força

Como nosso tema é o fascismo do Século 21, não se pode deixar de mencionar o golpe na Ucrânia em 2014, que com apoio dos EUA e da União Europeia, levou ao poder uma coalizão de grupos abertamente fascistas e neonazistas. O novo poder estatal ucraniano concedeu o título de herói nacional ao colaboracionista nazi Stepan Bandera, que durante a ocupação da Ucrânia pela Alemanha na Segunda Guerra serviu nas fileiras hitleristas, enviando para campos de concentração compatriotas comunistas, judeus e membros da resistência antifascista.

A aliança da maior parte do centro, da direita tradicional e da mídia comercial com a extrema-direita, ocorre em alguns casos (como na Ucrânia, Venezuela e Bolívia) com a extrema-direita assumindo a liderança explícita das ações, em outros, como no Brasil até 2018, com o centro e a direita tradicional no comando, mas instrumentalizando a extrema-direita para todo tipo de serviço sujo. Quando isso acontece, a direita tradicional, enquanto publicamente tenta manter distância das atitudes mais reveladoras da matriz fascista, na prática blinda e dá apoio aos aliados na esperança de que no frigir dos ovos irá isolar os elementos mais perigosos e manter a hegemonia.

É preciso aqui abrir parênteses para salientar que erros e insuficiências do campo progressista facilitaram a ascensão da onda conservadora e de extrema-direita. Em relação às experiências progressistas da América Latina já existe um vasto acúmulo de discussão sobre isso, mas abordar este assunto poderia tirar o foco do tema principal do artigo e portanto vou apenas citar dois aspectos entre muitos:

– a Ilusão quanto ao caráter de classe da sociedade burguesa fez acreditar que articulações “por cima” poderiam mitigar as contradições e o enfrentamento, resultando na secundarização ou mesmo no abandono do trabalho de base.

– vivemos uma época histórica em que se propagandeia a falência dos projetos coletivos de transformação e mesmo na esquerda abriu-se espaço para fragilizar esta noção, com projetos individuais muitas vezes prevalecendo sobre os projetos coletivos. Quando isso acontece, não se trata mais de luta pela transformação e sim a defesa pura e simples de carreiras parlamentares ou no aparelho do Estado, o que deseduca a população em relação à diferença das práticas entre a esquerda e a direita, contribuindo para o desencanto, a despolitização e a desmobilização de uma militância que deseja voltar a sonhar “sonho que se sonha junto” (1).

O fascismo em ascensão

Foi, de fato, uma longa gestação. O uso como arma política, pela burguesia, durante mais de sete décadas, de ideias e práticas caras ao fascismo; a falta de perspectivas políticas viáveis que apontassem saídas de fundo como alternativa a um sistema falido política e economicamente; a naturalização e credibilização, pela burguesia, do discurso fascista; o agravamento da crise econômica do capitalismo a partir de 2008 e o aumento da agressividade do imperialismo diante da emergência do mundo multipolar proporcionaram o ambiente perfeito para que aquela cadela prenhe a qual me referi na primeira parte deste texto, finalmente desse à luz.

No EUA, país líder do campo imperialista, discursos recheados do mais primário anticomunismo, calcados no chauvinismo, no fundamentalismo religioso e na negação da ciência foram crescendo, a par com a desmoralização política da plutocracia americana e com a acelerada deterioração das condições de vida de amplas massas de trabalhadores estadunidenses, da mesma forma desiludidas e sem perspectivas avançadas. A posse de Donald Trump para seu segundo mandato, marca um ponto culminante da ascensão da extrema-direita mundial.

Aqui, não contribui em nada chamar Trump de maluco ou bufão. Diziam a mesma coisa de Hitler e Mussolini. Deve-se levá-lo a sério.

Trump avança decidida e velozmente na destruição do pouco que resta de democrático na plutocracia estadunidense, rumo a uma ditadura de fato, que será, caso vitoriosa, seguida por uma radicalização de seus congêneres pelo mundo.

O “lebensraum” trumpista manifesta-se com imensa desfaçatez. Com que base legal diante do direito internacional ou do direito humanitário Trump propõe simplesmente expulsar os palestinos e transformar Gaza em um macabro empreendimento imobiliário estadunidense, construído sobre o cadáver de milhares de homens, mulheres e crianças? Nenhuma. Ele sequer se preocupa com isso.

Assim como os fascismos italiano e alemão desmoralizaram a Liga das Nações, encerrada em 1946 pois era ineficiente para tomar qualquer atitude diante das invasões de Mussolini e Hitler, Trump desdenha abertamente da ONU, abandona organismos multilaterais importantes que os EUA ajudaram a fundar, rompe acordos e alianças consensuais e trata a Carta das Nações Unidas como letra morta. O recado é claro, o perigo é real e precisamos encará-lo sem rebuços.

Chamando as coisas pelo nome

Mesmo que alguns apoiadores mais afoitos de Trump, como Elon Musk, façam a saudação nazista, Trump não irá aparecer de bigodinho e com uma suástica no braço e se alguém espera que isso aconteça para se convencer do que estamos enfrentando continuará combatendo moinhos de vento. Uma coisa em comum na maioria do fascismo do século 21 é justamento o fato de negarem que são fascistas. Milei se diz um “libertário” e em entrevista para a revista Veja em 2022 Bolsonaro garantiu que é um “liberal”.

Entretanto, o leitor que teve a paciência de acompanhar esta série e comparou as características fundamentais do fascismo no século passado com o que vivemos hoje, certamente tirou suas conclusões. Todos os traços fundamentais do fascismo, de acordo com diferentes autores, estão presentes no que existe de mais importante na extrema-direita do nosso tempo. Recordando: a extrema-direita contemporânea atua em um mundo onde a China socialista ameaça a hegemonia do principal país capitalista (a ameaça soviética foi substituída pela ameaça chinesa); onde o capital financeiro parasitário domina a cena econômica e política dos países capitalistas; seus mitos mobilizadores são o “combate ao sistema corrupto”, “o resgate da grandeza da nação”; ela tem uma base social mobilizada e organizada politicamente; ela é – onde tem força para ser – agressivamente imperialista; ela é agudamente anticomunista; depende de lideranças carismáticas; é chauvinista; é irracionalista… ela é o fascismo.

O Fascismo do Século 21

Um fascismo do século da globalização, da revolução científica-tecnológica, das redes sociais onde se expressa uma das características marcantes do movimento fascista: a propaganda massiva, ou seja, é o fascismo que sofreu as influências e adquiriu as marcas do seu tempo, sendo uma das tarefas fundamentais dos antifascistas desmascarar, com mais ênfase, diante das amplas massas, o verdadeiro caráter do fenômeno em curso.

O fascismo do século 21, assim como foi o do século 20, não é uniforme. Guarda peculiaridades regionais, culturais, etc. Existem, como apontei, diferenças de ênfase e mesmo características ausentes em certas vertentes e presentes em outras. Por exemplo: o mito mobilizador de “resgatar a grandeza da nação” está ligado, nos EUA e na Europa, a “defender a pureza” da nação e portanto combater os imigrantes. O combate ao imigrante é um elemento praticamente ausente no fascismo latino-americano, embora a carga de racismo contida no ódio ao imigrante também seja parte integrante de todos os fascismos, incluindo o fascismo brasileiro, argentino, chileno, uruguaio etc.

O centro irradiador do fascismo do século 21 é o imperialismo estadunidense, cada vez mais violento e corrompido. E como vimos, foi o imperialismo que gestou cuidadosamente o atual monstro e jamais deixará de contar com o concurso dos fascistas para sustentar seu projeto de dominação global. O imperialismo e os imperialistas de todos os matizes compreendem perfeitamente que, na atual fase do capitalismo, a derrota total do fascismo será do mesmo modo a derrota do imperialismo e a derrota do imperialismo provocará certamente uma nova onda de reivindicações de caráter anticapitalista.

Sendo assim, será impossível qualquer combate eficiente ao fascismo do século 21 sem que a luta seja unitária, ampla e orientada por uma clara visão anti-imperialista.

Embora seja necessário a todo momento aproveitar as fissuras no campo dos países imperialistas e entre as próprias correntes imperialistas para enfraquecê-las, qualquer ideia de aliança com setores “moderados” do centro imperialista é um erro que abrirá o flanco para novos ataques.

O combate principal se dará contra as políticas imperialistas emanadas dos EUA, país governado pelo fascismo do Século 21 e que continua sendo o mais poderoso do mundo, com hegemonia no campo econômico, cultural, diplomático e militar.

Em termos de tática imediata no cenário internacional, o governo Trump trabalha com a lógica de Nixon e Kissinger de forma invertida: enquanto na década de 1970 Nixon e Kissinger buscaram afastar a China da Rússia (URSS) para centrar fogo na Rússia (URSS), Trump pretende enfraquecer ou minar a aliança estratégica entre China e Rússia para centrar fogo na China.

Porém, é importante frisar que muito do programa trumpista tem relação direta com o evidente declínio estadunidense. A tentativa desesperada de encontrar rumos para “recuperar a grandeza perdida”, pode, por outro lado, acelerar ainda mais este processo de decadência ao agudizar:

as contradições internas – mesmo nos EUA Trump encontrará forte resistência. Essa resistência pode tomar corpo pois a própria burguesia estadunidense está dividida sobre como enfrentar seu declínio. Acrescente-se a essa divisão entre a classe dominante o quase inevitável sentimento de desilusão que grassará entre os trabalhadores que confiaram nas promessas trumpistas. Contudo, o proletariado estadunidense está igualmente descrente em relação ao Partido Democrata e essa descrença, tudo indica, é profunda, o que talvez seja a oportunidade para que alternativas de esquerda e revolucionárias ganhem relevância política nos EUA e coloquem em xeque a plutocracia americana a partir de dentro;

as contradições externas. As contradições externas podem agudizar conflitos entre o centro imperialista e seus parceiros europeus e notadamente com os povos que lutam por soberania e desenvolvimento, com destaque para o choque já em curso com a China, país com amplo poder de articulação e forte representatividade política mundial.

Um combate necessário

Não haverá combate eficaz ao fascismo sem mobilização popular e sem o protagonismo dos trabalhadores e do campo progressista. No entanto, isso não acontecerá automaticamente ou inevitavelmente. É preciso coragem e lucidez.

E justamente este cenário turbulento e nebuloso que impacta todo o planeta, com crises em diversas dimensões, possui o potencial de desencadear grandes mobilizações em escala global que recoloquem na ordem do dia o que o fascismo do século 21 mais nega e combate: os ideais da soberania nacional, da igualdade de direitos entre todos os seres humanos, da defesa do meio-ambiente, do socialismo e da paz mundial, com solidariedade e fraternidade entre os povos.

Esses ideais são como a luz do sol para o vampiro fascista e devemos, com unidade, trabalhar para que, antes tarde do que nunca, vejamos o raiar da aurora.

*Wevergton Brito é jornalista e vice-presidente do Cebrapaz.

Esse é um artigo de opinião e não necessariamente reflete a opinião do Cebrapaz


Nota:

1 – A frase “A dream you dream alone is only a dream. A dream you dream together is reality” (Um sonho que você sonha sozinho é apenas um sonho. Um sonho que você sonha junto é realidade) faz parte da canção “Growing Pain”, de autoria de Yoko Ono e gravada por ela no álbum “A Story” (1974). No mesmo ano, Raul Seixas, lançou a música Prelúdio, no álbum Gita, com os versos: “Sonho que se sonha só / É só um sonho que se sonha só / Mas sonho que se sonha junto é realidade”. Não se sabe quem inspirou quem ou se tudo não passou de uma grande coincidência.