Salvador, 16 de junho de 2025 – A Reunião Regional das Américas do Conselho Mundial da Paz (CMP) começou nesta segunda-feira (16), em Salvador, Bahia, com a presença de entidades dedicadas à solidariedade internacional e à defesa da paz, representando países como Cuba, Chile, Estados Unidos e Venezuela. O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) é a organização responsável por receber o evento.

Na abertura do encontro, a dirigente nacional do Cebrapaz, Socorro Gomes, saudou as delegações presentes, destacando a importância da união continental na luta por justiça e soberania. “Que este encontro fortaleça nossa unidade na luta pela paz, pela autodeterminação dos povos e contra todas as formas de dominação imperialista”, afirmou Gomes, que também foi presidente do CMP.
Victor Gaute, vice-presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), destacou: “Reunimo-nos hoje para analisar a complexa realidade do nosso continente, marcada por uma nova onda imperialista de agressão e interferência contra nossos países, pelas desigualdades estruturais e pela resistência dos povos. As Américas enfrentam uma conjuntura crítica no âmbito político, econômico e social, enquanto as forças hegemônicas buscam impor seu domínio por meio de mecanismos de coerção econômica, intervenção política e militarização.” O ICAP exerce a função de coordenar as atividades do CMP (Conselho Mundial da Paz) no continente.
O secretário-executivo do CMP, Iraklis Tsavaridis, enalteceu o trabalho do Cebrapaz, ressaltando sua trajetória de duas décadas no movimento anti-imperialista. “O Cebrapaz tem desempenhado um papel extraordinário, mantendo as gloriosas tradições da luta pela paz no Brasil e servindo ao CMP por mais de 14 anos, inclusive durante a presidência de Socorro Gomes”, afirmou. Tsavaridis também reforçou a missão histórica do Conselho: “O CMP é a organização internacional dos movimentos anti-imperialistas pela paz. Identificamos os inimigos da paz e organizamos a luta contra as causas profundas das guerras, da exploração, da miséria e do deslocamento forçado. Estamos sempre ao lado dos pobres e oprimidos, buscando um mundo de justiça social”.
Programação e expectativas
A reunião segue até terça-feira (17), com debates sobre a conjuntura internacional, a manutenção da América Latina e do Caribe como uma zona de paz e a troca de experiências entre as organizações presentes. Ao final do evento, será aprovada uma resolução com diretrizes para fortalecer as lutas das entidades participantes em todo o continente.
O encontro reafirma o compromisso das organizações com a solidariedade entre os povos e a resistência contra as intervenções imperialistas, destacando-se como um espaço de articulação para ações futuras em defesa da soberania e da paz global.