Declaração do CMP sobre a nova escalada da agressão israelense contra a Palestina

O Conselho Mundial da Paz condena, da forma mais veemente, os novos planos do governo de Israel de invadir a já destruída Faixa de Gaza palestina, com o objetivo de ocupar a Cidade de Gaza e prosseguir com seus planos genocidas e assassinos. Enquanto mais de 60 mil palestinos morreram pelas mãos do exército de ocupação israelense nos últimos 22 meses, o regime israelense e suas forças armadas assassinam diariamente dezenas de civis palestinos indefesos, mesmo quando estes buscam a limitada ajuda humanitária que entra na Faixa de Gaza. O recente bombardeio direcionado e o assassinato de jornalistas pelo exército israelense revelam o rosto hediondo do regime de ocupação.

Além das mais de 15 mil crianças que perderam suas vidas, milhares enfrentam fome extrema e ameaçadora, usada como arma de guerra. Este crime contra a humanidade parece não ter fim; a falsa e enganosa alegação do governo israelense de que suas ações são de “autodefesa” é cínica e infundada. Ao mesmo tempo, o regime de ocupação aumenta e multiplica sua presença militar, assédios e ataques contra palestinos na Cisjordânia, enquanto se discute repetir a “experiência de Gaza” também na Cisjordânia.

Este ato de genocídio contínuo, a brutalidade e a postura desumana do governo e do exército israelenses vêm sendo amplamente condenados pelos povos do mundo durante todo este período. A solidariedade com o povo palestino cresce em todo o globo. O genocídio conta com o total apoio dos EUA e de muitos governos da União Europeia, sem cuja cumplicidade esses crimes não seriam possíveis. Da mesma forma, denunciamos os crimes imperialistas e as ameaças constantes contra os povos do Líbano e da Síria.

Os novos planos de escalada da agressão acelerariam a limpeza étnica de Israel contra o povo palestino, que exige e luta pelo direito à autodeterminação e pelo seu próprio Estado soberano, viável e independente. O CMP reitera sua solidariedade inabalável à justa causa do povo palestino, exigindo o fim dos massacres genocidas e apoiando o estabelecimento do Estado da Palestina dentro das fronteiras anteriores a 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital. É mais do que hora de reconhecer a Palestina como Estado-membro pleno da ONU, conforme já previsto em 1948.

Fim ao genocídio agora! Liberdade para a Palestina! Abaixo os planos imperialistas no Oriente Médio!

Secretariado do CMP
13 de agosto de 2025

Foto: Abdel Kareem Hana / AP