Cebrapaz envia apelo às autoridades colombianas pelo fim da repressão ao protesto popular e agrário

Respondendo à denúncia da Cúpula Agrária, Camponesa, Étnica e Popular, espaço de unidade formado em 2014 entre as principais organizações camponesas, indígenas e afro-descendentes colombianas, o Cebrapaz somou-se à manifestação coletiva entre diversos movimentos sociais pelo mundo enviando um apelo às autoridades colombianas pelo fim da brutal repressão do protesto desempenhado pela Cúpula. Em 2013, a repressão causou as mortes de 17 pessoas, e as de mais três pessoas foram anunciadas nos últimos dias: as de Willington Quibarecama, Gersain Cerón e Marco Aurelio Díaz, a cujas famílias expressamos nosso pesar e solidariedade na busca por justiça. Leia a seguir o apelo enviado às autoridades:

São Paulo, Brasil, 4 de junho de 2016

Exmo. Sr. Presidente da República da Colombia Juan Manuel Santos Calderón,
Exmo. Sr. Ministro do Interior Juan Fernando Cristo,
Exmo. Sr. Ministro da Defesa Luis Carlos Villegas,
Exmo. Sr. Promotor Geral da Nação Luis Eduardo Montealegre,
Exmo. Sr. Defensor do Povo Alfonso Cajial Cabrera,
Exmo. Sr. Procurador Geral da Nação Alejandro Ordoñez Maldonado:

É com preocupação que os cidadãos brasileiros do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) nos somamos aos movimentos sociais da Colômbia na demanda por respeito ao seu direito ao protesto social.

Apoiamos a Cúpula Agrária, Camponesa, Étnica e Popular, espaço de unidade formado em 2014 com a confluência das principais organizações camponesas, indígenas e afrodescendentes colombianas, que denunciaram como resultados da repressão à sua greve de 2013 a inaceitável violência, as mortes de 17 pessoas e a judicialização de outras mais. As mesas de negociações subsequentes são de elevada importância, mas negociações não são um fim em si mesmo. Manifestamos nossa solidariedade aos colombianos e colombianas em sua busca por uma paz justa e na defesa do direito de cada cidadão ao protesto.

Instamos as autoridades do país irmão da Colômbia a garantir aos movimentos sociais seu direito a se manifestarem, sem a brutalidade da repressão que já ocasionou demasiadas mortes. Expressamos ainda a nossa consternação pelo fato de que já há novas mortes: as de Willington Quibarecama, Gersain Cerón e Marco Aurelio Díaz, a cujas famílias manifestamos nossas condolências e solidariedade na demanda por justiça e a não repetição da violência.

Pela paz e a justiça na Colômbia e na América Latina,

Socorro Gomes
Presidenta do Cebrapaz

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