Em 11 de junho, a Conferência da Paz contra a OTAN aconteceu na Prefeitura de Praga. O evento foi organizado com o slogan da campanha do Conselho Mundial da Paz, “Sim à Paz! Não à OTAN!”, pelo Movimento Tcheco da Paz e pela Associação de Soldados contra a Guerra, e foi apoiado por várias organizações e iniciativas de paz.
O presidente da Associação de Soldados contra a Guerra e coronel aposentado, Jiri Bures, abriu o evento afirmando a importância da luta contra a OTAN e sua política de imposição de guerras imperialistas e agressões e saudou a campanha do Conselho Mundial da Paz (CMP), entre outras relacionadas à próxima cúpula da OTAN em Varsóvia, Polônia.
Milan Krajca, presidente do Movimento Tcheco da Paz, ressaltou o perigo do aumento atual da presença militar da OTAN na Europa Central e do Leste, demonstrado por diversos exercícios militares e outras provocações. Por exemplo, no dia do evento de paz em Praga, quatro exercícios militares da OTAN aconteceram apenas na região da Polônia e dos Estados bálticos, com a participação total de mais de 50 mil soldados da OTAN.
O vice-presidente do Comitê Central do Partido Comunista da Boêmia e Morávia e veterano do CMP, Josef Skala, disse que os comunistas estão prontos para seguir construindo um amplo movimento de paz, anti-guerra. Um importante objetivo deste movimento deve ser a luta contra a OTAN e contra o papel de membro da República Tcheca nesta aliança militar agressiva.
O vereador de Praga, Petr Simunek, em seu discurso, respondeu aos vereadores da direita que tentaram impedir a realização do evento de paz na Prefeitura, que classificaram os participantes de “quinta coluna” e “perigo para a segurança e a defesa da República Tcheca”. Ele disse que isso simboliza a importância da defesa do direito a debater questões da paz, da política externa da República Tcheca e, é claro, do estatuto do país enquanto membro da OTAN.
No debate, diversos representantes de diferentes organizações de paz e vários veteranos do movimento da paz tchecos e tchecoslovacos também falaram, inclusive aqueles que participaram no processo de criação do CMP após a Segunda Guerra Mundial.
No fim do evento, uma declaração foi aprovada pelos participantes, notando, por exemplo, que: “A OTAN representa um dos maiores riscos securitários à República Tcheca, que participa ativamente em suas guerras, agressões e ocupações, realizadas em violação da Carta das Nações Unidas e de normas universalmente reconhecidas do direito internacional.”
Fonte: Movimento Tcheco da Paz
Tradução: Cebrapaz