Celebramos, neste 21 de setembro de 2016, o compromisso dos povos amantes da justiça e da paz, simbolizado nesta data internacional, assim estabelecida em 1981 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O Dia Internacional da Paz é, acima de tudo, um momento de reafirmação deste compromisso, de avaliação do nosso progresso e de aprofundamento da nossa luta, firme e irredutível, contra as guerras, o colonialismo, o imperialismo e todas as formas de opressão que nos impedem de construir um mundo de igualdade entre todos os povos e nações.

O Conselho Mundial da Paz trabalha arduamente por esses objetivos. Os movimentos que o compõem são forças nacionais e internacionais dedicadas à consolidação de um sistema de relações baseadas no respeito às soberanias e na não-ingerência e, acima de tudo, na solidariedade entre os povos. Por isso, a comemoração do Dia Internacional da Paz é, para nós, uma data solene de reafirmação da nossa agenda, de empenho no avanço da nossa luta e de mobilização massiva para, de forma contundente, atestarmos o nosso compromisso com a paz.

Acreditamos que, na diversidade dos movimentos e entidades que compomos a força motriz da luta pela paz no mundo, podemos avançar, juntos, para deter a guerra, as agressões e a militarização do planeta. Convencidos da importância do nosso papel enquanto movimento popular, que se pretende cada vez mais abrangente e que busca alianças essenciais para a promoção da paz, trabalhamos pelo aprofundamento da nossa luta, que é urgente. Alertamos para as ameaças de uma guerra generalizada e condenamos o sofrimento imposto aos povos, a trabalhadores, trabalhadoras, jovens, mulheres e crianças, com as políticas imperialistas de dominação e agressão, que levam milhões de seres humanos a fugir de seus países e que disseminam um ambiente de insegurança e exploração.

Neste Dia Internacional pela Paz, continuamos convictos da importância da unidade entre os povos e do fortalecimento da solidariedade internacionalista para resistirmos ao imperialismo. Estamos convencidos também da importância dos grandes fóruns internacionais, como a ONU, o Movimento dos Não Alinhados e as inúmeras organizações regionais norteadas por anseios de integração solidária, soberana e progressista.

Defendemos, por isso, a democratização imediata das instituições que, como a ONU e seus órgãos, são instrumentalizadas pelas grandes potências imperialistas para impor ao mundo a sua agenda hegemonista e os seus desígnios. Defendemos a Carta das Nações Unidas e seus princípios como o norte das nossas lutas pela justiça e pela paz, exigindo o seu cumprimento pelas potências e pelo restante do mundo, de igual forma.

Temos enormes desafios adiante na promoção desses princípios, que são comuns à humanidade, mas acreditamos que, juntos, os povos podem vencer o terror imposto pelas políticas imperialistas da ameaça e da dominação.

Por isso, neste Dia Internacional da Paz, recobramos nossas campanhas mais urgentes, pela abolição completa dos arsenais nucleares e outros armamentos de destruição em massa, pela dissolução da máquina de guerra imperialista, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pela eliminação de todas as bases militares estrangeiras, pelo fim da ingerência e da agressão aos povos em regiões como o Oriente Médio e a África, e pela descolonização dos territórios da Palestina, do Saara Ocidental, das Ilhas Malvinas argentinas, de Porto Rico e tantos outros territórios sob o controle do Reino Unido, da França ou dos Estados Unidos.

Apelamos aos povos e movimentos sociais de todo o mundo pela unidade em torno dos nossos objetivos comuns, pelo fortalecimento da nossa luta conjunta e pelo aprofundamento da nossa agenda internacionalista, para fazermos frente às agressões imperialistas e a todas as formas de opressão.

Viva a luta pela paz e a justiça!

Viva a solidariedade entre os povos!

Socorro Gomes,
Presidenta do Conselho Mundial da Paz