Entre os quase seis milhões de refugiados palestinos, cerca de 300 mil vivem em campos de refugiados no Líbano. O diretor do Centro de Solidariedade Social Adel Abu Salem comenta a situação em entrevista à diretora do Cebrapaz, Moara Crivelente, direto de Ein al-Hilweh, um dos 12 campos no Líbano geridos pela Agência das Nações Unidas para Assistência e Trabalhos aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA).
A UNRWA foi mandatada em 1949 a prestar assistência aos refugiados da Palestina devido à Nakba, a Catástrofe. Quando iniciou operações, atendia 750 mil pessoas que acreditavam que em breve teriam implementado seu direito a retornar aos seus lares após a guerra que estabeleceu o Estado de Israel na Palestina.
Passadas sete décadas, a Agência luta por atender cerca de seis milhões de pessoas na Palestina ocupada, na Jordânia, no Líbano e na Síria, enquanto os palestinos seguem lutando pelo estabelecimento do seu Estado e pelo retorno à sua pátria. Em 2017, Moara visitou os campos de refugiados no Líbano, inclusive Ein al-Hilweh, onde foi recebida por Abu Salem e seus companheiros.
Nesta entrevista, Adel Abu Salem conta como é resistir aos impactos dessa espera prolongada e livrar essa luta nos campos de refugiados no Líbano, onde a parte importante da história do movimento de libertação nacional palestino se desdobrou.