O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPAZ) acompanha com grande preocupação e pesar os desenvolvimentos após o forte terremoto que abalou o sul da Turquia e a Síria nesta segunda-feira (6/2), que causou grande devastação e um crescente número de vítimas fatais.
Nos últimos meses, várias forças palestinas estiveram empenhadas por alcançar um novo e efetivo compromisso de reconciliação nacional, com o apoio crucial da Argélia, sob os auspícios do presidente Abdelmadjid Tebboune. O empenho resultou no acordo firmado em 13 de outubro e, nesta segunda-feira (17), uma comissão que acompanhará a sua implementação foi anunciada. Entre outros pontos fulcrais, a Organização pela Libertação da Palestina (OLP) sai reforçada como a única representante legítima do povo palestino.
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPAZ), parte do movimento mundial de solidariedade com o povo palestino, junta-se às incontáveis manifestações de repúdio à mais recente arbitrariedade do governo de Israel, que decidiu taxar como “organizações terroristas” seis organizações palestinas de defesa dos direitos humanos.
Em uma visita à casa da senhora Metta Moustafa em Shatila, o super-lotado campo de refugiados palestinos em Beirute, no Líbano, a família, hoje reduzida à mãe e à filha, Aida, contava os sucessivos massacres a que ambas sobreviveram. O começo é a Nakba, a Catástrofe palestina, quando Metta, ainda pequena, foi obrigada a fugir das milícias sionistas arrasando vilas inteiras, em 1948, rumo ao sul do Líbano com a família, carregando quase nada, para não voltar. Naquela, como em tantas outras casas palestinas, a memória salta de um massacre a outro, e são os de Tal al-Zaatar, de 1976, e o de Sabra e Shatila, de 16-18 de setembro de 1982, os que marcaram a vida em refúgio.