Cebrapaz marca Dia Global Contra Otan em atividade em São Paulo

O Cebrapaz participou de uma atividade no Dia Global de Ação contra a Otan, convocado pelo Conselho Mundial da Paz (CMP), para 30 de agosto, na Assembleia Legislativa de São Paulo. O evento, uma simulação da Assembleia Geral das Nações Unidas, foi organizado pelo Centro Institucional dos Estudantes de Relações Internacionais (Cieri), da Universidade Paulista (Unip). O diretor de Comunicação do Cebrapaz José Reinaldo Carvalho falou em nome da presidenta do Centro e do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, Socorro Gomes.

José Reinaldo Carvalho destacou, de acordo com o Portal Vermelho, que “a Otan é uma organização estratégica na cadeia imperialista; sua ação imperialista e agressiva não está distante da realidade nacional e latino-americana”. .

“A Otan é o braço armado do imperialismo estadunidense e dos países imperialistas da União Europeia”, assinalou o representante do Cebrapaz, classificando a Otan como inimiga da paz, comprometida com os interesses estratégicos e vitais do sistema imperialista. José Reinaldo destacou ainda que a Aliança conta atualmente com 28 Estados membros, da América do Norte e Europa, e com outros 22 países vinculados na chamada Parceria Euro-Atlântico, ao mesmo tempo em que outros 19 estão ligados à Otan por meio de programas como o “Diálogos do Mediterrâneo” e a “Inciativa de Cooperação de Istambul”.

dia ao global contra otan cmp

Desde 1991, a Otan vem frequentemente ampliando o escopo dos seus conceitos estratégicos. Na Cúpula de Washington, daquele ano, o pretexto era a sustentação de uma Aliança de ameaça contra a União Soviética, após a sua queda. Depois disso, sucessivas cúpulas serviram para expandir o quadro de atuação – com o emprego, inclusive, de pretextos “humanitários” – e a sua presença geográfica, abrangindo todo o globo, para além do território dos seus membros.

Por isso, o Conselho Mundial da Paz convocou o Dia Global de Ação contra a Otan, poucos dias antes da realização de mais uma Cúpula, no País de Gales, entre 4 e 6 de setembro, num contexto de crises em que a Aliança tenta infiltrar-se oficialmente, após atuar nos bastidores de forma decisiva para a eclosão ou a intensificação de conflitos. É o caso da Ucrânia, em que a Europa e os EUA colocaram-se em confronto com a Rússia, entre outros.

Movimentação de tropas da Otan na fronteira com a Rússia

José Reinaldo chamou atenção ao papel da máquina de guerra do imperialismo nas agressões contra a antiga Iugoslávia, no final dos anos 1990, assim como na intervenção militar contra o Afeganistão, na ocupação militar do Iraque e na deposição do governo da Líbia, todas ações lideradas pelos Estados Unidos. 

A Otan, mesmo sem intervir militarmente na Síria, com seu serviço de espionagem aliado à Agência Central de Inteligência estadunidense (CIA), tem instrumentalizado os mercenários no país árabe.

“Tudo isso classifica a Otan como um grande perigo, uma grande ameaça aos interesses dos povos e à paz mundial”, assinalou o José Reinaldo, reafirmando o posicionamento do Cebrapaz de que a luta pela dissolução da Otan faz parte das plataformas de mobilização dos povos e das organizações políticas e sociais que defendem a paz, a justiça social e o progresso.

Ucrânia

Com relação à proposta inicial da Assembleia simulada, o representante do Cebrapaz não titubeou em afirmar que a Ucrânia viveu um golpe de Estado quando o presidente Viktor Yanukovich foi deposto, em fevereiro deste ano, depois de muitos meses de um processo de desestabilização sustentado por uma escalada de violência, incentivada pelo imperialismo estadunidense e pela União Europeia.

Tropas militares da Otan no Afeganistão

Não bastasse o golpe, a Otan faz ameaças constantes de intervir diretamente nos acontecimentos recentes, inclusive com deslocamento de tropas militares para a fronteira com a Rússia e o envio de milhares de soldados e equipamentos a vários países da vizinhança. 

A Otan, os EUA e a União Europeia instrumentalizaram forças fascistas de extrema-direita para aprofundar as tensões desde o ano passado e tentaram vender ao mundo a ideia de que se tratava de uma insurreição democrática e popular, de uma luta para fazer valer a democracia contra a “tirania de Moscou”, afirmou José Reinaldo. “Mas esta propaganda se contradiz com o fato de que eles instrumentalizaram, na Ucrânia, não forças democráticas, mas forças fascistas, herdeiras do antigo Nazi-Fascismo que atuou na Alemanha e nos países do Leste Europeu durante a Segunda Guerra Mundial”, apontou. 

Para o Cebrapaz, continuou José Reinaldo, neste processo se nota a mão agressiva da Otan e esta é mais uma forte razão para justificar a bandeira de luta pela dissolução de uma organização militar ofensiva.

 

Com informações do Portal Vermelho

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