Ainda na década de 1980, a Organização das Nações Unidas decidiu instituir o dia 21 de setembro como o Dia Internacional da Paz, afirmando, em declaração, o direito dos povos à paz. A partir de 2001, o dia também passou a ser dedicado à não-violência.

Para os movimentos globais engajados na luta pela paz e pela autodeterminação dos povos, este é um contexto de análise dos diversos desafios impostos pelo imperialismo militarista, poucos dias depois da realização de mais uma cúpula da aliança belicosa liderada pelos Estados Unidos, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), do compromisso com maiores gastos militares, dos bombardeios israelenses à Faixa de Gaza palestina em julho e agosto e à ocupação duradoura graças à aliança estadunidense, aos ataques aéreos contra a Síria para conter o terrorismo fruto da própria ação imperialista, entre tantos outros.

A ONU debate também uma nova agenda para o desenvolvimento, compreendido como um desafio importante para a promoção da inclusão social, a eliminação da pobreza e o progresso compartilhado como pontos fundamentais na luta pela paz justa, livre da exploração e da dominação, mais além dos conceitos retrógrados e militaristas da “segurança”.

Há importantes avanços no combate à fome e à miséria, à desigualdade e à exploração degradante da natureza, mas mais compromissos são necessários, assim como para a promoção de um sistema internacional mais democrático, justo e representativo livre da concepção de hegemonias sustentada pelo imperialismo estadunidense e europeu.

As relações globais de respeito, o compromisso com o direito internacional e o fim da impunidade pelos mais flagrantes e horrendos crimes de guerra e crimes contra a humanidade ainda cometidos e a defesa das soberanias nacionais, da autodeterminação e da liberdade continuam sendo prioridades urgentes.