Portugueses realizam ato e campanha denunciando a Otan e a militarização da Europa

Um conjunto de 25 organizações, inclusive o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), impulsiona em Portugal a campanha “Sim à Paz! Não à Otan!“. Nesta sexta-feira (8) e no sábado (9), as organizações realizaram atos em Lisboa, em Coimbra e no Porto, denunciando a Cúpula entre os chefes de Estado e Governo dos 28 países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Varsóvia, capital polaca, onde o Conselho Mundial da Paz também converge em protesto.

Presidenta da Direção Nacional do CPPC, Ilda Figueiredo, em ato no Porto, em 9 de julho de 2016.
Foto: Moara Crivelente / Cebrapaz.

Em Portugal, o CPPC distribuiu jornais sobre os efeitos desta que o Conselho Mundial da Paz considera a “máquina de guerra do imperialismo”. No Porto, dezenas de pessoas participaram do ato em uma rua movimentada da cidade, onde cerca de 300 jornais foram distribuídos. Sua versão eletrônica pode ser lida no site do CPPC.

A presidenta da Direção Nacional do CPPC, Ilda Figueiredo, denunciou o aumento dos gastos militares promovidos pela Otan (cujos membros acordaram, ainda em 2006, com destinar ao menos 2% dos seus PIBs nacionais ao setor), lembrando que, ao contrário, para o setor social, o que se destina são cortes. Ela disse ainda que a política imperialista norteando a Otan é a da promoção da guerra, responsável inclusive pelo drama vivido pelas pessoas obrigadas a buscar refúgio em outros países.

Em Lisboa, durante o ato de sexta (8), de acordo com o portal de notícias AbrilAbril, Ilda disse que “as declarações dos responsáveis, seja do secretário-geral na Otan, seja dos responsáveis dos EUA – que aliás a Otan representa – ou da Alemanha, vão no sentido de que esta cúpula seja um reforço do militarismo na Europa, como não víamos desde o final da Segunda Guerra Mundial.”

Ato em Lisboa, em 8 de julho. Foto: AbrilAbril

Ao AbrilAbril, Filipe Ferreira, dirigente do CPPC, disse que a iniciativa pretende “chamar a atenção para os objetivos agressivos da Otan e em particular esta sua cúpula, denunciando o sistema anti-míssil instalado no leste europeu, “ambém agressivo, que ameaça o equilibrio de força e a paz na Europa e no mundo.”

Organizações diversas participam das iniciativas, como a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, o Movimento Democrático de Mulheres, associações estudantis, entre outras.

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