Neste momento histórico e de grande inspiração para os povos da América Latina e do mundo, o Conselho Mundial da Paz saúda o povo colombiano, com grande entusiasmo, pela assinatura dos acordos de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP) e o Governo da Colômbia, nesta segunda-feira, 26 de setembro de 2016.
Foto: EPA
Após a assinatura do cessar-fogo bilateral e definitivo, em maio deste ano, alcançou-se um ponto histórico no processo de paz, que decorre na capital revolucionária, Havana, desde 2012. Esta é certamente uma data histórica de grande peso para toda a América Latina, em sua resistência e sua luta constante por uma paz justa.
Como afirmou o presidente de Cuba, Raúl Castro, representando a nação acolhedora das negociações, o processo de paz não tem volta atrás. “A paz não é uma utopia. É um direito legítimo de cada ser humano e de todos os povos,” disse o líder cubano, em maio.
Neste momento, seguimos mobilizados no apoio ao povo colombiano pelo aprofundamento da construção da paz no país e na região, com a inclusão da população, justiça social, desmobilização dos grupos paramilitares e da repressão estatal, o fim da perseguição contra os que lutam pela justiça e pela cidadania, a desmilitarização da região, entre tantas outras mazelas que assolaram o país e a vizinhança durante as mais de cinco décadas de conflito armado.
Seguiremos ao lado do povo colombiano, fazendo frente às ameaças constantes contra o processo de paz impostas pelas forças reacionárias e a oligarquia conservadora respaldada pelo imperialismo estadunidense, que sempre promoveram a violência e a desestabilização para manter seu controle sobre a América Latina e o Caribe.
Saudamos os movimentos sociais colombianos e latino-americanos empenhados neste processo para que ele seja realmente representativo e participativo, para que seja justo. São exemplares para outros processos de paz a constante comunicação da mesa negociadora com a população e a inclusão de diversos atores e organizações populares no processo, realizando mesas paralelas nos campos e nas cidades. A população também se manifestará nas urnas, quando o plebiscito de 2 de outubro emitirá a opinião definitiva dos colombianos e das colombianas sobre os rumos da construção da paz.
Este avanço é mais um passo decisivo em direção à sua conquista. Não há marcha atrás.
A paz da Colômbia é a paz da América Latina!
Viva a solidariedade entre os povos!
Viva o povo colombiano!
Socorro Gomes
Presidenta do Conselho Mundial da Paz