Comitê Executivo do Conselho Mundial da Paz reúne-se em Damasco e emite declaração

O Comitê Executivo do Conselho Mundial da Paz (CMP) reuniu-se na capital da Síria, Damasco, em 27 e 28 de outubro, para discutir a atual conjuntura e as lutas dos povos contra a ofensiva imperialista encabeçada pelos Estados Unidos e respaldada por seus aliados. Na declaração final, o órgão analisa a conjuntura, identifica ações prioritárias e afirma solidariedade aos povos na luta por libertação nacional, contra a ingerência estrangeira, as guerras de agressão e a ascensão do neofascismo.

Os delegados de entidades de cerca de 30 países encontraram-se na Síria no quadro do plano de ação do CMP que previa uma visita ao país. A reunião foi acolhida pelo membro do CMP, o Conselho Nacional do Movimento Sírio de Defensores da Paz, e realizou-se na Universidade de Damasco.

Entre as entidades participantes, o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) foi representado pelo presidente Antônio Barreto, pela diretora executiva Moara Crivelente e pela diretora nacional, coordenadora do núcleo da Bahia, Maria Ivone Souza.

Após aprofundado debate, as entidades integrantes do Comitê Executivo aprovararam uma Declaração Final com o conjunto ampliado dos pontos levantados por seus membros durante a reunião e os compromissos assumidos de reforço da unidade em diversas frentes e campanhas, como a campanha pela eliminação das bases militares estrangeiras, a dissolução da OTAN e a eliminação das armas nucleares e outras armas de destruição em massa, que são campanhas permanentes do CMP.

Também reafirmaram o apoio resoluto aos povos em luta por libertação nacional e em defesa da sua soberania contra o avanço conservador, neoliberal e neofascista e contra as agressões e ingerência estrangeira, a começar pelo povo sírio. Leia a íntegra da Declaração:

A presidenta do CMP Socorro Gomes fez o discurso introdutório com uma profunda análise de conjuntura e das prioridades da luta anti-imperialista. Socorro denunciou a crescente militarização do planeta através da disseminação de bases militares por todos os continentes, ao tempo em que saudou a consolidação de uma campanha global que culmina em novembro na Conferência Internacional contra Bases Militares dos EUA e da OTAN em Dublin, da qual o CMP é promotor.

davTambém ressaltou a luta dos povos contra a persistência do colonialismo na Palestina, no Saara Ocidental, em Porto Rico e nas Ilhas Malvinas e outras argentinas ocupadas pelo Reino Unido, além do apoio ao povo cubano na luta contra o bloqueio estadunidense imposto há quase seis décadas contra a ilha revolucionária e ao povo venezuelano na defesa da sua Revolução Bolivariana contra a ingerência estrangeira e as ameaças de intervenção.

Socorro ainda reforçou a denúncia das estratégias imperialistas de imposição da sua hegemonia através da interferência, das tentativas de “mudança de regime” e da ameaça generalizada contra qualquer governo insubmisso, ao tempo em que manifestou contundente repúdio às táticas de desestabilização e apoio direto a golpes de estado como o realizado no Brasil, onde os brasileiros defrontam-se com as consequências do ambiente estimulado e a ascensão do neofascismo. Leia a íntegra de seu discurso.

O secretário-geral do CMP Thanassis Pafilis fez um informe aprofundado sobre a atuação da entidade internacional e destacou pontos prioritários para as forças da paz na resistência anti-imperialista. O secretário-executivo Iraklis Tsavdaridis deu informações operacionais e apresentou as propostas coletadas dos membros para o plano de ação do próximo período.

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Os coordenadores regionais da América, Silvio Platero, da Ásia, que foi representado pela organização nepalesa em sua ausência, da Europa, Ilda Figueiredo, da África, Chris Matlhako, e do Oriente Médio, Akel Taqaz, também fizeram informes sobre as atividades do CMP em cada continente e sobre os planos para o próximo ano, enquanto os delegados de diversas entidades deram seus contributos para a avaliação dos desafios e da ação da entidade. Leia a fala do presidente do Cebrapaz, Antônio Barreto, na ocasião:

À seguir à reunião, os delegados das entidades-membro do CMP realizaram uma Missão Internacional de Solidariedade conjunta com a Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD), a segunda do gênero, entre 29 e 31/10.