O 4 de fevereiro entrou para a história da América Latina como o dia em que começaram a mudar estruturas políticas, econômicas e sociais na Venezuela, com impacto em toda a região. Naquele dia, há 23 anos, o então tenente-coronel Hugo Chávez Frías, à frente de um pugilo de militares, e de um ainda espontâneo movimento popular, se alçou em rebelião armada, iniciando um processo depois batizado de Revolução Bolivariana.
Este grupo de oficiais, inspirado no ideário do libertador Simon Bolívar, tinha fundado em 1983, diante da já evidente decomposição do sistema político, o Movimento Bolivariano Revolucionário 200 (MBR 200). Formado pela juventude militar, oficiais superiores e subalternos, logo conhecidos como os "comacates" (sigla de coronéis, majores, capitães e tenentes), estudou a obra de Simon Bolívar, Simon Rodriguez e Ezequiel Zamora, de cujos pensamentos retomaram o conceito de soberania, pedagogia libertadora e defesa do povo.
Por José Reinaldo Carvalho*