Cebrapaz saúda rejeição oficial de defensor das colônias como Embaixador de Israel no Brasil

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) saúda e reafirma a importância de o Ministério das Relações Exteriores do Brasil ter rejeitado o nome de Dani Dayan, indicado como Embaixador de Israel no Brasil pelo primeiro-ministro sionista Benjamin Netanyahu.

Há meses, o primeiro-ministro havia anunciado em evento público, citado pelos meios de comunicação israelenses e, depois, internacionais, sobre a nomeação de Dayan, que vive em uma colônia em territórios palestinos ocupados e já presidiu o Conselho Yesha, uma espécie de super-prefeitura das colônias ilegais. Conforme foi apurado, o Ministério brasileiro de Relações Exteriores sequer havia recebido comunicação por parte da Chancelaria israelense, como requer o protocolo.

Quando da nomeação de um novo embaixador, as autoridades do país devem comunicar e pedir um “agrément” das autoridades do país onde a representação diplomática se instalará. É um sinal de respeito e significa a apresentação das credenciais do novo representante, processo que Israel decidiu ignorar para nomear um novo embaixador no Brasil.

As autoridades brasileiras, por sua vez, afirmaram às suas homólogas israelenses que aceitariam a nomeação de um diplomata israelense que vivesse em territórios reconhecidos como israelenses pelo Brasil e pelos cerca de 140 países que já reconhecem o Estado da Palestina, de acordo com as resoluções pertinentes da Organização das Nações Unidas. Estes territórios são os anteriores à expansão da ocupação sionista da Palestina durante a Guerra de Junho de 1967.

O governo israelense buscou manter uma situação de estremecimento por mais de meio ano, desafiando a decisão resoluta do Brasil de não aceitar a nomeação de Dani Dayan. O caso foi coberto pelos meios de comunicação internacionais. O Cebrapaz saúda, assim, o desfecho, quando as autoridades israelenses, sem qualquer surpresa, decidiram enviar Dayan como cônsul de Israel em Nova York, Estados Unidos.

A ocupação israelense dos territórios palestinos é condenada internacionalmente e configura-se como o principal obstáculo para o fim de quase sete décadas de injustiça e de violações diárias dos direitos de um povo inteiro.

O Cebrapaz apoia a posição do governo brasileiro, que reconheceu o Estado da Palestina ainda em 2010, e demanda avanços na condena de Israel, com a suspensão dos contratos comerciais-militares com a potência ocupante da Palestina.

Diretoria do Cebrapaz

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