O movimento internacionalista na Bahia lançou na terça-feira (22/08), o Comitê Baiano pela Paz na Venezuela, no encalço da criação de comitês semelhantes pelo Brasil afora, desde o manifesto lançado em 1º/8 pelo Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela. A consulesa da Venezuela no Nordeste, Sonia Rossel, o presidente do Cebrapaz, Antônio Barreto, e outros representantes diplomáticos ou de movimentos sociais participaram do evento, no Sindicato dos Bancários da Bahia, em Salvador.
A consulesa venezuelana abordou a situação do país dias após a instalação da Assembleia Nacional Constituinte, quando a solidariedade ao povo venezuelano na defesa da sua soberania faz-se necessária. Sonia Rossel denunciou a ofensiva midiática e a tentativa de taxar o processo constituinte venezuelano de antidemocrático.
“Como se pode chamar de ditadura um país onde mais 8 milhões de pessoas vão às urnas eleger seus representantes para uma assembleia constituinte? O povo está disposto a defender o legado do comandante [Hugo] Chávez ante a agressão do império que quer saquear o petróleo e outras riquezas do país”, argumentou a consulesa, citada no portal de notícias do PCdoB baiano.
Segundo a organização, participaram do ato também a cônsul de Cuba no Nordeste, Laura Pujol e representantes de entidades parte do Comitê, como Antônio Barreto (Cebrapaz), Maria Ivone Souza (Associação Cultural José Martí – BA, Divanilton Pereira (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB), Aurino Pedreira (CTB-BA), Ricardo Moreno (Fundação Mauricio Grabois), Antônio Lopes Carvalho (UITDB/Flemacon) e Anne Sena (Central Única dos Trabalhadores – CUT e Fórum Social Mundial). Também estiveram no encontro o ex-deputado estadual Álvaro Gomes e o dirigente sindical mexicano José Montes.
Nos próximos dias, as entidades que compõem o comitê baiano definirão a agenda de atividades para fortalecer a mobilização estadual, no âmbito do comitê nacional.
“A nossa expectativa é que o nosso Comitê seja formado das mais amplas forças possíveis. Queremos denunciar essa ingerência contra o povo venezuelano” explicou Maria Ivone. “Nós saímos fortalecidos. Não vamos permitir que a nossa América seja quintal dos Estados Unidos”, continuou a presidenta da ACJM-BA.
Antonio Barreto, presidente do Cebrapaz, reforçou que a ideia é compor um coletivo diverso: “Construiremos um Comitê plural, que vai eleger a coordenação com diversas entidades ligadas a essa luta”.
O Cebrapaz tem promovido e participado das várias iniciativas, eventos e manifestações de solidariedade ao povo venezuelano na defesa da sua soberania, contra a ingerência imperialista dos Estados Unidos e as sucessivas tentativas de golpe por parte da direita reacionária, crescentemente violenta.
Cebrapaz,
Com informações do portal do PCdoB-BA.