O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPAZ) acompanha com grande preocupação e pesar os desenvolvimentos após o forte terremoto que abalou o sul da Turquia e a Síria nesta segunda-feira (6/2), que causou grande devastação e um crescente número de vítimas fatais.
Neste domingo (11) decorreram eleições presidenciais na “República Turca do Norte do Chipre”, que não tem reconhecimento internacional. Deve haver segundo turno, em uma semana. O momento é de tensão: o premiê da região ocupada, operada como república independente, acaba de reabrir Varosha, bairro sitiado de onde os residentes foram evacuados há 46 anos. Na disputa eleitoral está em jogo a reunificação do Chipre, dividido de fato desde a invasão pela Turquia, em 1974.
Por Moara Crivelente*
Da esq. para dir.: Ersin Tatar, nacionalista de direita e Mustafa Akinci, atual presidente
O Conselho Mundial da Paz (CMP), organização internacional de que o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPAZ) é membro, emitiu nesta quinta-feira (10) uma contundente nota de repúdio à nova invasão do território sírio pelo exército turco, instando à mobilização em solidariedade ao povo sírio na defesa da sua soberania.
Por telefone, em 6/10, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o estadunidense Donald Trump discutiram uma alegada “zona segura” a leste do Rio Eufrates, na Síria. Imagem: Euractiv
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) expressa sua preocupação e revolta por outro episódio na arbitrariedade do governo da Turquia contra as forças progressistas do país, os movimentos sociais e as entidades operárias, entre outros.
Muitas organizações civis foram alvo da decisão arbitrária do Ministério do Interior turco e temporariamente suspensas por três meses, neste sábado (12/11/2016). Seus escritórios foram revistados e fechados e seus membros obrigados a suspender suas atividades e seu legítimo direito de representar institucionalmente os princípios e valores pelos quais suas organizações lutam. Entre eles está a Associação da Paz da Turquia, nossa organização amiga e membro do Comitê Executivo do Conselho Mundial de Paz.
Por trás desta decisão estão os pretextos da luta “anti-terrorista”, como em outros lugares, para suspender o direito do povo turco à atividade político, especialmente se contestatória. Mas o povo turco, com o apoio do movimento internacionalista de paz, afirma sua resolução na continuidade de sua luta e resistência à arbitrariedade.
Expressamos a nossa firme solidariedade ao povo turco e aos nossos amigos da Associação da Paz da Turquia, que enfrentam mais uma expressão do autoritarismo do Governo de Recep Tayyip Erdogan e acompanhos a situação com preocupação, mas também confiantes na bravura dos que resistem na luta anti-imperialista contra as guerras e a opressão, pela justiça social, pela libertação dos povos e pela paz!
Socorro Gomes
Presidenta do Cebrapaz
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz